1) ALOPECIA ANDROGENÉTICA
Também chamada de calvície, a Alopecia androgenética (AA) é a queda de cabelos que tem como principal causa a genética.
Entre os sintomas estão:
-Afinamento dos fios do cabelo, que se tornam mais ralos.
Pode acometer homens e mulheres.
Apesar de se iniciar na adolescência, só é aparente por volta dos 40 ou 50 anos.
A queixa mais frequente na AA é a de fios mais finos e, progressivamente, o couro cabeludo mais aberto.
Nas mulheres, a região central é mais acometida e os sintomas costumam ser mais discretos.
Nos homens, as áreas mais abertas são a coroa e a região frontal (entradas).
O tratamento baseia-se em:
- Anticoncepcionais (para as mulheres)
- estimulantes do crescimento
- bloqueadores hormonais
- loções
- shampoos
- microinjecções de vitaminas
Por não ter cura, o objetivo do tratamento é estacionar o processo e recuperar parte da perda de fios, respeitando o uso constante de mediação. Nos casos mais extensos, um transplante capilar pode melhorar a estética.
Ao perceber os sintomas, busque acompanhamento médico para tratar de forma adequada.
2) EFLÚVIO TELÓGENO
É o aumento da queda diária dos fios do cabelo, ou seja, a fase de crescimento dos fios (fase anágena)termina precocemente juntamente com o início da fase de desaceleração do crescimento dos fios ( fase catágena) antes da hora e consequentemente, início da fase de queda do cabelo ( fase telógena).
Na maioria dos casos é fisiológico e após algum tempo volta ao normal, porém também pode indicar alguma doença sanguínea, deficiência nutricional, hormonal, etc
É dividido em crônico e agudo:
A produção do fio apresenta 3 fases:
- Fase anágena (crescimento dos fios)
- Fase Catágena ( fase de desaceleração)
- Fase telógena (fase de queda)
Em situação normal, mais de 80% dos folículos pilosos se encontram em fase anágena. Menos de 1% em fase catágena e menos de 19% em fase telógena.
Em uma situação de eflúvio telógeno, com a finalização precoce da fase anágena, o percentual de cabelos em todas as fases do ciclo dos cabelos sofre alteração. Há uma diminuição de fios na fase anágena e um aumento da porcentagem de fios nas fases catágena e telógena.
Causas de Eflúvio:
- hormonais
- doenças agudas e crônicas
- Stress – esta é a maior causa do eflúvio telógeno
- stress físico (infecções, cirurgias).
- Perdas importantes de nutrientes através de cirurgias bariátricas ou dietas restritivas
- Distúrbios de alimentação (anorexia ou bulimia).
- Alguns tipos de medicações
- Logo após o parto.
- Parada da pílula anticoncepcional
3) ALOPECIA AREATA
- É uma doença inflamatória não contagiosa que provoca a queda de cabelo. Apesar de não haver uma causa, existe a associação de fatores genéticos e autoimunes.
- Os fios começam a cair resultando mais frequentemente em falhas circulares sem pelos ou cabelos. A extensão pode variar de pequena a uma grande perda dos fios.
- Fatores emocionais, traumas físicos e quadros infecciosos podem desencadear ou agravar o quadro. O cabelo sempre pode crescer novamente porém, novos surtos podem ocorrer.
Sintomas
- A alopecia areata não possui nenhum outro sintoma além da perda brusca de cabelos, com áreas arredondadas, únicas ou múltiplas, sem demais alterações. A pele é lisa e brilhante e os pelos ao redor da placa saem facilmente se forem puxados. Os cabelos, quando renascem, podem ser brancos, adquirindo posteriormente sua coloração normal. Devido a associação com outras doenças autoimunes como vitiligo, lúpus, alterações na tireoide, é necessário a investigação com exames laboratoriais. O principal dano é o psicológico.
Tratamento
- Diversos tratamentos estão disponíveis para a alopecia areata. Medicamentos orais, tópicos e injetáveis
- O tratamento deve ser realizada pelo dermatologista em conjunto com o paciente. Os tratamentos visam controlar a doença, reduzir e evitar as falhas.
4) SUF – SÍNDROME DAS UNHAS FRÁGEIS
A SUF é queixa comum no consultório médico, sendo referida como unhas quebradiças, fracas ou “lascadas”.
As causas da Síndrome nem sempre são óbvias, por isso, o seu diagnóstico inclui interrogatório sobre os hábitos dos pacientes (traumas ou desidratação excessiva), pesquisa de anemias, tireoideopatias, policitemia vera e várias outras doenças .
A exposição a agentes químicos, certos cosméticos, fungos e traumas repetitivos podem estar causando.
Uma causa frequente é o uso abusivo de removedores de esmalte, como a acetona, que promovem secagem excessiva das unhas e acarretam SUF.
O médico, além de investigar hábitos do paciente, fará exames para excluir deficiências nutricionais e doenças metabólicas, examinará as unhas para excluir outras doenças que afetam.
Tratamento:
– Evitar tanto desidratação quanto umidade excessiva
– Manter as unhas aparadas
– Diminuir uso de esmaltes
– Uso de luvas se contato frequente com produtos químicos, detergentes e água
– Uso de emolientes nas unhas
– Uso da biotina pode ser recomendável para síntese de queratina nas unhas
4) PSORÍASE
É uma doença de pele relativamente comum, crônica e não contagiosa. Ela não tem cura, porém há controle. Inicia-se tipicamente a partir dos 30 anos, mas pode manifestar em qualquer idade. É cíclica, ou seja, apresenta sintomas que desaparecem e reaparecem periodicamente.
A manifestação clássica apresenta placas vermelhas cobertas com escamas prateadas que acometem principalmente cotovelos, joelhos, área íntima, couro cabeludo e na fenda interglútea . As unhas também podem ser acometidas.
Alguns fatores podem desencadear ou piorar o quadro:
- História familiar
- Estresse
- Obesidade
- Infecções
- Tempo frio
- Bebidas alcoólicas
- Tabagismo.
O tratamento inclui medicações tópicas, sistêmicas, uso de biológicos e fototerapia. Um estilo de vida saudável pode ajudar na diminuição da progressão ou melhora da doença. Caso perceber qualquer um dos sintomas, procurar um médico o quanto antes. Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais fácil será o tratamento.